Stay Alive – Cinco Práticas

Stay Alive – Cinco Práticas é uma campanha de conscientização sobre emergências com velames para promover a prática e a proficiência das habilidades necessárias para responder adequadamente a situações de emergência ao voar e pousar seu paraquedas.

O Manual de Informações do Paraquedista da USPA define procedimentos de emergência para quase todas as fases do salto, incluindo emergências na aeronaves, emergências na queda livre e emergências com velames/panes. Os procedimentos de emergência recomendados descrevem instruções específicas, ou melhores práticas, sobre como um paraquedista deve reagir se enfrentar uma emergência durante uma dessas etapas de um salto de paraquedas. Os paraquedistas praticam esses procedimentos de emergência regularmente, e treinam o procedimento de emergência antes de cada salto.

Sabemos que a prática repetida desenvolve a memória muscular e mantém a proficiência, então, quando surpreendidos por uma emergência, reagimos rapidamente e corretamente para gerenciar a situação. Esse é o objetivo do Stay Alive – Cinco Práticas.

INTRODUÇÃO

Vamos começar esta discussão definindo uma emergências de velames.

O que é emergências de velames? É uma emergência que acontece após a abertura, enquanto voa um velame totalmente inflado, a qualquer momento durante a navegação ou pouso do velame.

O que é um Procedimento de Emergências de Velames? É sua resposta à situação de emergência. Como você responde a uma emergência determinará o resultado, então é necessário ter e praticar uma resposta correta.

A USPA identificou cinco exercícios de procedimentos de emergências de velames que compõem a campanha Stay Alive – Cinco Práticas. Esses exercícios, embora nem todos sejam novos no treinamento de velame, agora estão sendo classificados como Procedimentos de Emergências de Velames para enfatizar a importância de dominá-los.

Por que isso é importante? Com base em relatórios de incidentes e fatalidades nos últimos trinta anos, sabemos que a maior porcentagem de acidentes acontece sob um paraquedas totalmente inflado. Em resposta a isso, a USPA integrou as habilidades de velame na progressão para Categoria A e também criou o cartão de velame para a Categoria B na esperança de construir uma base sólida de habilidades de velame para novos paraquedistas e, na maior parte, graças ao trabalho duro dos instrutores da USPA, esses programas de treinamento têm sido um grande sucesso.

No entanto, as estatísticas também mostram agora que a maioria dos acidentes acontece com paraquedistas na faixa de 300 a 1000 saltos. Pode haver uma variedade de razões para isso, mas acreditamos que uma delas é porque os paraquedistas não têm um plano para manter e praticar as habilidades de pilotagem de velame que aprenderam anteriormente, especialmente à medida que reduzem e trocam os velames. A campanha Stay Alive – Cinco Práticas foi criada para reforçar a necessidade de praticar os Procedimentos de Emergências de Velames, começando na Categoria A até paraquedistas com milhares de saltos! O objetivo é dar aos paraquedistas um caminho para permanecerem proficientes nas habilidades que podem salvar suas vidas.

Especificamente, os relatórios de incidentes e fatalidades confirmam que a maioria dos acidentes e fatalidades podem ser evitados se os paraquedistas aprimorarem seus procedimentos de emergência durante a navegação e estiverem sempre prontos para evitar colisões de velame e lidar com problemas no pouso.

Quando devemos praticar? Propomos praticar cada exercício pelo menos uma vez por mês em saltos baixos (hop & pop) ou saltos de comando alto (high pull) e REGISTRAR os saltos para que você possa permanecer no caminho certo com a prática. Acreditamos que, com a prática regular, se os Procedimentos de Emergências de Velames receberem a mesma ênfase que damos à prática de puxar nossos punhos em casos panes, desenvolveremos a memória muscular e a proficiência necessárias para evitar incidentes e fatalidades ao voar e pousar nossos paraquedas.

CINCO PRÁTICAS

Como faremos a diferença? Vamos ensinar, encorajar e modelar o Stay Alive – Cinco Práticas.

Nesta apresentação, cada exercício de será discutido e incluirá uma explicação de por que é importante dominar tal habilidade, quando usar cada habilidade e como praticar cada habilidade para lidar com uma emergências de velames… obviamente, aumentando a probabilidade de que cada pouso seja um pouso seguro.

Os cinco exercícios de Procedimento de Emergências de Velames incluem:

Curvas de tirante traseiro, flat turns, flare com meio freio, inversão de curvas e recuperação de curva baixa.

À medida que falamos sobre cada um deles, encorajo todos a fazer um plano pessoal para praticar cada habilidade. E, se você tiver dúvidas sobre qualquer um desses procedimentos após ler este artigo, é sempre uma boa ideia procurar um instrutor de velame ou fazer um curso de pilotagem de velame para obter instruções mais específicas e individualizadas.

À medida que todos vocês começam a praticar esses procedimentos, quero lembrá-los de que é essencial que vocês mantenham o tráfego, a altitude e a consciência posicional enquanto estiverem navegando. Todos os procedimentos devem ser praticados acima da sua altitude de decisão com o mínimo de tráfego possível em sua área. É por isso que recomendamos praticar em saltos baixos ou saltos de comando alto. Queremos garantir que esta prática valiosa de uma emergência simulada NÃO se transforme em uma emergência real!

1 – CURVA DE TIRANTE TRASEIRO

Por quê? Praticar curvas de tirante traseiro é importante para entender todos os efeitos do tirante traseiro para seu velame em sua carga alar e para controlar o velame sem usar os batoques. Pilotar usando tirantes traseiros, com os freios ainda feitos, é a maneira mais rápida de mudar de direção após a abertura.

Quando? As curvas de tirante traseiro podem ser usadas para evitar colisões do velame após a abertura ou durante a navegação. Puxar os dois tirantes traseiros também pode ser útil para fazer seu velame voar em linha reta enquanto avalia uma possível pane.

Como? As curvas do tirante traseiro devem ser praticadas com os freios feitos e soltos.

Pratique com os freios feitos:  Imediatamente após a abertura, após determinar que o velame está voando em linha reta e estável, coloque as duas mãos nos tirantes traseiros (com os freios feitos), olhe se não tem tráfego por perto e faça curvas de 90 graus. Um método para executar curvas de tirante traseiro envolve segurar a área acima do batoque e puxar para baixo apenas até que seu cotovelo forme um ângulo de 90 graus. Observe o quanto você precisa puxar o tirante traseiro para realizar uma curva rápida, mas estável, de 90 graus. Para evitar uma colisão com o velame logo após a abertura, siga a regra de sempre virar à direita, a menos que seja mais rápido virar à esquerda.

Pratique com os freios soltos: Depois de soltar os freios e fazer o seu check funcional, verifique se não tem tráfego perto e, com os batoques em suas mãos, segure a área acima de onde o batoque fica preso e puxe para baixo até onde seu cotovelo forma um ângulo de 90 graus para completar uma curva de 90 graus. É importante saber os limites do seu velame em sua carga alar para executar as curvas de tirante traseiro para prevenir uma colisão mais eficaz, mantendo o velame estável. Curvas excessivamente agressivas com tirantes traseiros podem resultar em estol de velame e line twist. Uma vez, um acidente trágico ocorreu em 2023, onde um paraquedista supostamente tinha o hábito de usar curvas agressivas de tirante traseiro para o pouso. A aproximadamente 600 pés, o paraquedista fez uma curva de tirante traseiro para a final do pouso que resultou em um colapso parcial a baixa altitude e um line twist que eram irrecuperáveis. Uma testemunha relatou que as linhas continuaram se torcendo apesar de seus esforços para tirar a torção. Era um velame novo para o paraquedista e saber os limites daquele velame poderia ter evitado todo o incidente.

NOTA 1: Sobre a decisão de desconectar ou pousar com os tirantes traseiros (no caso de um batoque preso ou estourado), sugerimos aconselhar os paraquedistas a buscar treinamento de velame individual com um instrutor de velame. Há muitas variáveis ​​a serem consideradas ao tomar essa decisão e uma resposta genérica para todos pode não ser apropriado.

NOTA 2: Se um tirante traseiro for usado para pouso (a 1000 pés ou menos) e resultar em um line twist, a ação mais apropriada é comandar o reserva imediatamente. Perder tempo e altitude tentando consertar um problema em baixa altitude é uma má decisão. Em uma pane, independentemente de como aconteceu (colisão do velame, stol do velame, line twist), a única altitude importante a ser observada é “Acima ou Abaixo de 1000 pés?” Isso imediatamente informa suas opções para desconectar ou apenas acionar o reserva?

2 – FLAT TURNS

Por quê? Praticar flat turns é importante para ter a habilidade de mudar a direção do velame enquanto perde o mínimo de altitude possível, diminuindo a velocidade de avanço e mantendo uma asa nivelada com estabilidade sob o paraquedas durante toda a manobra.

Quando? Voar com o paraquedas freando diminui sua velocidade de avanço e sua taxa de descida, dando a você tempo e altitude preciosos para tomar decisões. Sempre que sua navegação não estiver indo como planejado, freie e avalie sua situação. Isso pode permitir que você faça um novo plano de pouso que não exija uma flat turn. No entanto, se você se encontrar em uma área de pouso apertada ou desconhecida, uma flat turn pode ser usada para evitar objetos no pouso, pois pode exigir uma curva em baixa altitude. Ter essa habilidade definida pode ser uma das coisas mais importantes que você pode praticar. Executar uma flat turn permite que você altere o rumo e honre a prioridade número um no pouso, que é pousar com o velame nivelado.

Como? Pratique flat turns a partir da velocidade mais lenta na qual o velame voará acima do ponto de estol. Se você não sabe seu ponto de estol em seu velame atual, você deve descobrir primeiro.

(Flat turn negativa) Para praticar a flat turn em velocidade mais lenta, perdendo a menor quantidade de altitude, primeiro verifique seu velame, altitude, posição e tráfego. Puxe ambos os batoque para baixo suavemente e uniformemente para um flare, logo acima do ponto de estol. Observe onde suas mãos estão em seu corpo como referência e para desenvolver memória muscular. Levante um batoque ligeiramente para iniciar uma curva de 90 graus na direção oposta. Puxe o batoque de volta para baixo, para se igualar ao outro batoque para parar a curva. Tente mudar de direção o mais rápido possível, mantendo o velame nivelado.

(Flat turn positiva) Para praticar flat turns de metade a três quartos de flare, puxe ambos os batoque para baixo uniformemente até pelo menos a posição de meio flare. Puxe um batoque para baixo ligeiramente para iniciar uma curva de 90 graus. Quanto mais freado o velame estiver quando iniciar a curva, menos altitude será perdida durante a curva. Pratique a mudança de direção o mais rápido possível, mantendo o velame nivelado.

3 – FLARE COM MEIO FREIO

Por quê? Praticar flares com meio freio é importante para fixar sua técnica de flare e conhecer a eficácia do seu flare ao executar ou finalizar um flare a partir de uma posição de meio freio.

Quando? Sempre que você estiver em baixa altitude voando com meio flare e não tiver tempo ou altitude para retornar ao voo completo antes de um flare total, criando a necessidade de fazer o flare a partir de uma posição de braços a meio freio para evitar um mergulho do velame. Por exemplo, você pode precisar usar uma técnica de flare com meio freio se inicialmente fez o flare muito alto e precisa segurar os batoques por alguns segundos antes de terminar o flare. Ou você pode se encontrar em uma posição com meio freio na aproximação final de pouso se usou uma flat turn para evitar um obstáculo no pouso ou se fez uma curva muito perto do solo e neutralizou essa curva puxando os batoques.  Mais sobre exercícios de recuperação de curva baixa você verá logo abaixo neste artigo.

Como? Para começar a prática, verifique seu velame, altitude, posição e tráfego. Primeiro, para referência, comece fazendo um flare normal a partir do voo total do velame, usando sua técnica normal de pouso. Observe a mudança de inclinação do seu velame e seu balanço para frente sob o paraquedas quando estiver com os batoque totalmente puxados para o flare.

Para praticar flares com meio freio: Puxe os batoque para uma posição de meio freio e segure por 4-5 segundos para se estabilizar sob o paraquedas. Termine o flare em uma velocidade mais rápida e com mais força do que o seu flare normal. Observe a mudança de inclinação do seu paraquedas e seu balanço para frente sob o paraquedas durante o flare com meio freio. Ajuste a velocidade e a força do flare com meio freio em várias práticas com o objetivo de corresponder mais efetivamente à potência e ao balanço para frente sob o velame de um flare a partir do voo total. Geralmente, você precisará fazer o flare mais rápido e mais forte para obter a mesma resposta do seu velame do que ao fazer o flare a partir de uma posição com os braços levantados.

4 – INVERSÃO DE CURVAS

Por quê? Praticar inversão de curvas é importante para aprender os limites do seu velame relacionados à velocidade máxima e profundidade ao puxar o batoque para reverter uma curva, com o objetivo de manter a tensão da linha e não induzir a um line twist. Os line twists podem ocorrer se o batoque for puxado para baixo muito rapidamente ao iniciar uma curva ou se for levantado muito rapidamente para interromper uma curva. Você deve saber o limite máximo e seguro de uma curva com o batoque, que é um resultado da velocidade e profundidade da puxada no batoque, para cada velame que você saltar. Os line twists na altitude de pouso podem ser irrecuperáveis para um pouso seguro, principalmente com uma carga alar alta.

Quando? A prevenção de colisões de velame é o uso principal para uma inversão de curvas. Uma colisão de velame pode acontecer a qualquer momento durante a navegação ou no pouso. Todas as práticas de inversão de curvas devem ser feitas acima da sua altitude de decisão, apenas no caso de você provocar um line twist.

Como? Para praticar inversões de curva, primeiro verifique seu velame, altitude, posição e tráfego. Faça uma curva suave, mas profunda, pelo menos 90 graus para a direita, então inverta as posições dos batoques suavemente, mas rapidamente para uma curva de 180 graus para a esquerda. A primeira tentativa deve ser uma inversão lenta de posições dos batoques. Observe a profundidade que puxou o batoque e a tensão da linha durante a inversão. Continue a aumentar a profundidade que puxa o batoque e a velocidade da inversão das posições dos batoques em práticas subsequentes para encontrar a profundidade máxima que pode puxar os batoques e a velocidade dessa puxada, mantendo a tensão na linha e evitando twist. O objetivo é ser capaz de fazer a inversão de curvas mais rápida possível, mantendo a tensão da linha. (Não forçando um line twist)

NOTA: Se inversão de curvas for usada no pouso (a 1000 pés ou menos) e resultar em line twist, a resposta apropriada é comandar o reserva imediatamente. Perder tempo e altitude tentando consertar um problema em baixa altitude é uma má decisão. Em uma pane, independentemente de como aconteceu (colisão de velame, line twist), a única altitude importante a ser observada é “Acima ou abaixo de 1000 pés?” Isso imediatamente informa suas opções para desconectar ou comandar o reserva.

5 – RECUPERAÇÃO DE CURVA BAIXA

Por quê? Praticar técnicas de recuperação de curva baixa desenvolverá memória muscular, permitindo que os paraquedistas neutralizem rapidamente uma curva. Mas qual é a diferença entre parar uma curva e neutralizar uma curva? Geralmente, ao voar nossos velames, paramos uma curva levantando um batoque de volta para o voo total. Para neutralizar uma curva, o paraquedista puxa um batoque para baixo para nivelar com o outro batoque, resultando em ambos os batoques em uma posição de freio. Essa manobra não apenas para a curva, mas também diminui a velocidade de descida e avanço, alcançando uma asa nivelada o mais rápido possível, esperançosamente a tempo para um flare a meio freio forte antes do toque no solo.

Quando? Use a Recuperação de Curva Baixa sempre que estiver em uma curva muito baixa em relação ao solo, quando não houver tempo ou altitude suficiente para o velame nivelar sem a ação do paraquedista. Uma recuperação de curva baixa requer neutralizar a curva assim que o paraquedista reconhecer o erro, com o objetivo de retornar a uma asa nivelada a tempo para um flare. Esteja preparado para fazer o flare a partir de uma posição freada.

Como? Para praticar a recuperação de curva baixa, primeiro verifique seu velame, altitude, posição e tráfego. Do voo completo, puxe um batoque para baixo para pelo menos um quarto para iniciar uma curva de 90 graus. Para neutralizar a curva, puxe o batoque que ainda está em voo completo para nivelar com o batoque inferior, resultando em ambos os batoques em uma posição freada. Mantenha os batoques nivelados e continue puxando-os para baixo uniformemente para um flare come meio freio. Tenha em mente que pode ser necessário usar mais força (do que você está acostumado) para interromper a descida do velame. Retorne lentamente ao voo total para praticar novamente.

Em uma emergência real de curva baixa, neutralize imediatamente a curva, mantenha os batoques nivelados e puxe com força para um flare com meio freio e faça um pouso em rolamento.

RESUMO

Por que a USPA desenvolveu essa iniciativa educacional? A maioria dos acidentes e fatalidades que ocorrem por colisões de velame ou erros no pouso podem ser evitados com a prática adequada dos exercícios de velame descritos na campanha Stay Alive – Cinco Práticas da USPA. Os exercícios desta campanha devem ser treinados com a mesma atenção e dedicação aplicadas ao procedimento de emergência para desconectar seu velame principal em pane.

Quando você deve praticar? Para manter as habilidades dos exercícios de velame afiadas, um paraquedista deve praticar cada habilidade em saltos baixos pelo menos uma vez por mês. Todos os paraquedistas precisam explorar as características e limitações de desempenho de seu velame.

Como podemos tornar isso em algo bem-sucedido?

  • Assuma o compromisso de ser proficiente!
  • Anote seus saltos e pousos para permanecer no caminho certo.
  • Seja um modelo, incentive outros paraquedistas.
  • Ajude a mudar nossa cultura de segurança de velame!

Além disso, os exercícios apresentados nessa campanha são muito importantes ao se preparar para qualquer troca de velame. Esperar que um velame novo para você tenha o mesmo desempenho e que suas habilidades sejam transferidas automaticamente para o novo velame pode ser um erro mortal.

CONCLUSÃO

Desafiamos você a ser honesto sobre suas habilidades atuais com velame e realmente se esforçar para melhorar!

E finalmente, queremos que todos se mantenham vivos e pratiquem os cinco exercícios todos os meses para que vocês possam se tornar proficientes e fazer progressos para prevenir acidentes e fatalidades.

Todos saem do avião em cada salto com um plano para um pouso seguro. Você tem o poder de garantir que isso aconteça construindo memória muscular para Procedimentos de Emergências com Velames e mantendo sua proficiência em 100%. Então, FIQUE VIVO – PRATIQUE CINCO!


REFERÊNCIAS:

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